domingo, 29 de abril de 2018

Chegamos ao destino final. Vigésimo sétimo dia.
Iraí a Montenegro, 408 km. Saímos às 7h:40min e encerramos as 14h30min de hoje, 28 de abril de 2018. O Valmir saiu mais cedo, 7h00min. Queria curtir os últimos km sozinho. Tirando fotos. Mas nós iríamos almoçar juntos conforme combinado em Marques de Souza. O dia foi de um misto de alegria com pensamentos do que acabamos de realizar. Uma viagem de 10.900km , mais de 120 horas pilotando, passando por quatro países da América do sul, nenhum contratempo maior. Somente calibrar pneus, completar nível de óleo e colocar combustível. Um susto quase na chegada um caminhão derramou óleo na pista e quase fui ao chão mas Deus estava presente deixou naquele exato momento a pista no sentido  contrário vazia. Não caímos e conseguimos evitar o acidente. Uma biz com um casal também cortou a frente mas a perícia dos motociclistas foi maior. Uma dica:  viajem sempre com pensamentos bons e na "força divina" e Tudo estará justo e perfeito.  A volta no último dia tem este stigma, cuidado viajantes. O nosso planejamento foi quase perfeito, com apenas algumas alterações de roteiros e tempo que nos fizeram deixar de passar em Arequipa e chapada dos Guimarães. Damos mais ênfases a Cordilheira dos Andes, Puno, lago Titicaca, Cusco, MachuPicchu, Purmamarca e são Pedro do Atacama. Esta expedição  nos trouxe experiência de vida,  afinal conhecemos muitas pessoas , com hábitos extremamente simples e diferentes. Imaginem nós seis aventureiros cada um com seus pensamentos e hábitos diferentes e como acertar isto em vinte e sete dias convivendo dia a dia mas saímos vencedores. Poderíamos ter dessitido, ou quem sabe, nem sair de casa. Mas existe algo maior nos aventureiros, uma vontade de conhecer e buscar fatos e situações novas na vida. Muitas das vezes pensamos o que estamos fazendo aqui??? Correndo riscos em cima da moto, discutindo com o companheiro  por fatos bobos, pegar frio, calor e muito mais...mas é exatamente isto que precisamos, adrelanina, ouvir o cantar dos pássaros na selva, o barulho das águas descendo cascatas e rios, ver as estrelas e o céu no deserto, o nascer e o  pôr do sol entre as cordilheira e o mar, as montanhas geladas com neve, os animais diferentes, alpacas, lhamas, Araras,  o ronco do motor, a fumaça dos milhares de caminhões que passamos, as milhares de curvas, do sobe e desce montanhas a mais de 4.800 metros do nível do mar, fazer novos amigos e irmãos de estrada e poder dizer com o peito estufado conseguimos realizar um sonho. Enfim em casa nos despedimos na tenda de sucos da Tabaí. Sérgio tomou o rumo para Canoas e nós, Valmir, Gallas, Renato e Orth rumo a Casa em Montenegro.  Obrigado a todos que nos acompanharam mesmo que seja virtualmente...  amém
Fernando Azevedo Orth

 Abaixo texto dos viajantes:

Primeiro sonhamos. Achamos difícil. Por vezes, impossível. Fomos em frente, e hoje, concluímos nossa aventura.
Aliás, disse várias vezes: se fosse fácil, muitos fariam.
São tantas dificuldades. Ter o tempo disponível; o dinheiro necessário; a moto adequada e que não te coloque em risco.
Mas, o mais importante. A coragem do enfrentamento. A fé em Deus que tudo dará certo. Novos riscos surgem a cada km percorrido.
Os amigos foram compreensivos. Souberam relevar as falhas de cada um que se revelaram nestes dias, afinal, somos humanos.
Algumas alterações no projeto original foram efetuadas, afinal, quem não muda é a pedra.
Obrigado pela companhia. O Pacífico, montanhas,  lugares, animais, pessoas e principalmente, os companheiros ficaram para sempre marcados em minha vida.
FOI INESQUECÍVEL.
OBRIGADO.
Renato Moraes

É difícil descrever em poucas linhas uma viagem de quase um mês e mais de 10000km rodados sobre uma motocicleta. Se imagina, ou até sonha em conhecer determinados locais, regiões, países e de repente surge a oportunidade de efetivamente concretizar esse sonho. Pois bem, entramos pela Argentina, passamos pelo Chile e Perú. Nesse trajeto nos deparamos com pessoas, idioma e cultura diferentes das nossas. Visitamos locais considerados, segundo a história, como sagrados e por consequência admirados por pessoas de todo mundo e lógico, a mim também. Posteriormente, de volta ao Brasil, passamos por regiões antes visto apenas pela mídia. Novamente se percebe diferenças culturais nesse Brasil do tamanho de continente. Efetivamente um grande aprendizado.
Isso tudo foi proporcionado por um grupo de pessoas com o mesmo propósito, mesmo objetivo. É normal e  comum que em determinado momento haja algumas divergências ou mudanças do plano original. O importante é que cada um coloque sua opinião, seu ponto de vista e a decisão seja aquela em que a maioria do grupo tenha decidido.

Agradeço ao convite feito ainda no ano passado para participar dessa viagem e agradecer aos amigos que estiverem juntos do início ao final do passeio.
Grande abraço e obrigado.
Sérgio Tedesco

















































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